Uma residência de criação que extravasa o espectro da música e que tem como objetivo a criação de soluções de design para dar respostas aos desafios impostos pelo formato itinerante do festival. A primeira edição do Caduco convidou o arquiteto Paulo Vieitas para desenhar o palco dos Tremor na Estufa.

As tradições religiosas nos Açores, são um dos aspetos mais marcantes da cultura açoriana, sendo a ilha de São Miguel marcada por uma das mais importantes manifestações que nascem a partir do séc. XVI, e em grande parte pelas crises sísmicas e vulcânicas que atingiam a ilha. Os Romeiros. Estas romarias percorrem toda ilha em tempo de Quaresma, onde grupos de homens se juntam em peregrinação, para meditar, rezar, e agradecer, à maneira da espiritualidade de cada um.
O Festival Tremor, tem vindo curiosamente a acontecer, também em tempo de Quaresma, onde também ele proporciona a todos os que a ele aderem, diversas peregrinações pela ilha, em busca de experiências musicais e contato íntimo com a natureza. São viagens que têm como sentimento maior, a paixão pela música e pelas mais variadas formas de arte.
E é no fim de cada viagem peregrina pela ilha, que cada um poderá, e à sua maneira, encontrar uma capela para adorar e celebrar a sua paixão e fé pela música.
Uma capela feita palco.

Na edição de 2023 do Tremor, o responsável pelo projeto caduco é o arquiteto PAULO VIEITAS.
Paulo Vieitas é licenciado em Arquitetura pela Universidade Lusíada de Lisboa, 2001, depois de ter frequentado o curso de artes da Escola António Arroio, também em Lisboa. Foi aluno do programa Erasmus, na Faculdade de Arquitetura de San Sebastián, Espanha, e bolseiro do programa Leonardo Da Vinci, onde através do qual, desenvolveu estágio profissional em Amesterdão durante 2 anos. Em 2003 inicia em Ponta Delgada, Açores, atividade profissional, e para além da arquitetura, tem desenvolvido trabalhos em áreas como a Fotografia, Design Gráfico e Cultura. Em 2010 é premiado com o Prémio Labjovem Arquitetura, Jovens Criadores Açorianos, e em 2021 com o Prémio Regional de Reabilitação Paulo Gouveia.