PT
EN
Back
Back
O trabalho de stage manager é sempre pesado, mas todos os que o fazem no Festival Tremor deveriam ser condecorados no Palácio de Santana. Desde concertos colados a cascatas, à chuva em hora sim, hora não e a ter de montar instrumentos aparentemente forjados noutros mundos, parece haver muita sarna para uma pessoa se coçar. Para nos abrir a cortina desta parte do festival, pedimos a Nuno Biónico uma memória vista do placo. Falou de Free Love, no Tremor de 2019:
«Neste ano, no Arco 8, a banda que ia fechar este palco eram os Za! Mas os Free Love, que iam tocar antes na Garagem do Varela, tiveram uma série de problemas com os voos e as duas bandas tiveram de trocar. Eles conseguiram chegar mesmo em cima de hora, cerca de uma hora antes de começar o concerto, depois de terem passado quase 24 horas fechados em aeroportos. Como devem imaginar, eles chegam estourados e ainda um bocado ansiosos por não perceberem se iriam ter tempo para fazer um soundcheck. Mas quando chegaram, já tínhamos tudo montado, conseguiram fazer um soundcheck muito rápido e depois, muito envergonhados pediram um gin e rum. Acabaram por dar um dos grandes concertos deste festival. E depois desde concerto, tinham cerca de uma hora para recuperarem e ir para o aeroporto apanharem outro avião. Foram uns heróis. E a equipa técnica portou-se toda muito bem por conseguir fazer assim um pequeno milagre.»