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A portas para o paraíso que é a Ferraria não se abrem para quem quer. Abre-se a quem é bravo o suficiente para se enfiar de carro a 45 graus em direção a bermas e bermas de calhaus. Se dentro de um carro uma pessoa já soa do bigode, então a tarefa de coordenar um autocarro cheio de festivaleiros só poderia cair nas mãos de um homem: Hermano Oliveira (driver/catana humana a desbravar trilhos) que nos contou esta aventura do Tremor de 2016, a caminho de um concerto de Happy Meals:
«Nós tínhamos um autocarro a fazer pick-ups de pessoas para o Tremor Estufa, que era nas piscinas da Ferraria, e logo depois deste concerto era preciso levar as pessoas novamente para um outro concerto algures pela cidade. E o que é que aconteceu? O autocarro que transportou estas pessoas todas lá para baixo, na subida, avariou. Então o que nós fizemos foi, juntamente com o António Pedro Lopes, começar a pedir às pessoas que tinham trazido o seu próprio carro para começar a encaixar aquela gente toda que estava na Ferraria nos seus transportes, para ver se ainda apanhavam o próximo concerto. E não só conseguimos meter lá as pessoas todas no próximo concerto como não houve uma reclamação que seja. Até houve quem tivesse achado piada à ideia das boleias.»