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O canivete suíço do Tremor, Gui Garrido, claramente não sabia o que é que estava a assinar quando aceitou tocar como Bandido e o Coração Pirata, na edição de 2015 do festival. Depois deste concerto (que deu entrada no panteão de “projectos musicais que praticamente só deram um concerto na vida e foi no Tremor”), a sua versatilidade permitiu-lhe que tenha espremido ao máximo aquilo que trabalhar num festival como o Tremor tem para oferecer. Desde tocar o “Eu Não Vou Chorar” do Sandro G com a Escola de Música de Rabo de Peixe, a desenrascar boleias a um Diogo Lima (ainda sem carta) para que este pudesse ir gravar vídeos promocionais pelo meio de vendavais, Gui Garrido presenteia-nos com uma memória bastante mais relaxada, do Tremor de 2021:
«Em 2021, iniciou-se os grandes jogos de voleibol na Praia das Milícias, nos finais da tarde, entre a equipa toda do Tremor. E lembro-me de um dia, em que estava a jogar na equipa que estava de costas para o mar, durante este jogo, vai o Hermano, o nosso driver, prontíssimo para servir, mas quando levanta a cabeça para acertar na bola, vê um avião e diz “Epá pessoal, tenho de ir. Vou só buscar aquela malta ao aeroporto e já venho.” E assim o nosso Super Hermano, bazou da praia, foi de carrinha, foi buscar os passageiros, levou-os aos alojamentos e voltou para a praia. Em que outro festival é que tu podes estar em trabalho, sem descorar a tua parte profissional, mas ao mesmo tempo conseguires usufruir do que a ilha te está a dar?»