PT
EN
Back
Back
Com um propósito inicial de reabitar alguns espaços esquecidos em Ponta Delgada, o Tremor mantém-se fiel na sua missão de re-contextualizar e reavivar lugares, sons, bandas e, no caso desta história, a memória de pessoas queridas. Por alguns conhecido como pai, marido, cunhado, amigo, ator e professor, e por outros (todos aqueles que passaram pelo festival) relembrado pelos 10 minutos de calorosa conversa no balcão da La Bamba a trocar bilhetes por pulseiras, Pedro Garcia partiu, para muita saudade nossa, em 2021. Mas, tal como relembrado por Jonathan Afonso (o instrumentalista terceirense e artista no Tremor 2022), vamos assumir que ainda este ano esteve connosco para ouvir mais um ensolarado concerto, sentado na relva, algures por entre canteiros no Jardim José do Canto:
«O Tremor foi assim o primeiro concerto mais a sério que dei na vida. Inicialmente tinham-me dito que ia tocar na estufa de ananases, só que pelo que percebi houve um problema com o espaço e mudaram o meu concerto para o Jardim José do Canto. Só depois mais tarde é que vim a saber porque é que o Kitas tinha escolhido aquele local: foi o sítio onde o Pedro Garcia (cunhado do Kitas) se tinha casado. Ele explicou-me que desde que o Pedro tinha falecido que a família dele tinha deixado de visitar aquele sítio. E, portanto, para além de ser um espaço lindíssimo, o Kitas pôs-me lá para voltar a trazer uma boa energia ao espaço e criar novas lembranças em torno da memória dele. Conseguiu tornar o concerto ainda mais bonito.»