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“Azorean Torpor” — expressão cunhada por dois irmãos ingleses que visitaram os Açores no século XIX — é descrito como uma sensação de quase-esmorecimento e uma acidental inércia ao movimento, que é inerente à condição de ser-se açoriano. Márcio Laranjeira (cofundador da editora Lovers & Lollypops e um dos responsáveis pela existência deste festival no meio do Atlântico) também não ficou imune a esta sensação:
«No início, sentia-me incomodado com o ritmo. Eu chegava aos Açores e toda a malta era bastante relaxada. E então no que toca ao pessoal técnico, às vezes entrava mesmo em desespero. Até que um dia, numa situação de stress, alguém da parte técnica, muito calmamente, disse-me: “Ó amigo, se você corre muito depressa, cai ao mar”. E percebi logo o que é que ele queria dizer com aquilo. Ajudou-me a mudar logo a velocidade e a apreciar esta característica dos Açores. Ou seja, as coisas acabam por acontecer, no seu tempo, mas acontecem.»