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Carinhosamente apelidados como a “Ivete Sangalo do Tremor”, Rui Rofino e Clemente Matos Almeida (WE SEA) são constantemente o postal de visita que comprova que a música açoriana continua a fermentar na região. Um percurso que inclui um Coliseu (2022), um coreto (2018), uma Casa de Bacalhau (2017), uma residência com o seu atual colega de editora, Pedro Lucas (2019) e ainda um concerto nas suas vidas passadas, sob a forma de Broad Beans (2015), acaba por pôr a teste se os santos da casa não fazem milagres:
«A residência com o Pedro Lucas em 2019 foi por si só uma sequência de azares terríveis. Primeiro, íamos tocar no Parque Terra Nostra, mas como estava uma daquelas chuvas diluviais açorianas tiveram de cancelar o concerto lá e passar tudo para o Casino das Furnas. Claro que, menos de uma hora depois de terem cancelado, já estava um tempo maravilhoso. Entretanto no Casino, já cheio de gente, o concerto começa (e muito bem) mas, logo na segunda música, “vai-se embora a luz”. Um apagão no Casino que durou uns bons 30 a 45 minutos. Já no ano anterior, em 2018, o concerto também roçou o inusitado. Era a primeira vez que os WE SEA tocavam na sua terra natal, a Ribeira Grande, e ficámos programados no coreto do centro da cidade. Não havia um epítome maior do que é ir-se tocar na Ribeira Grande. Mas com isto também vem a “melhor parte”, que é ter de lidar com um senhor bastante embriagado, a fazer “hackling” durante todo o concerto, onde alternava entre pedir para cantar as canções até a fazer playback durante a “Ser de Ver”. É esta a história atribulada dos WE SEA no festival.»